Pois é.

Demorou, mas esse momento chegou.

Acontece com todo mundo, porque não iria acontecer conosco?

A gente tenta negar, fazer de conta que não é conosco, tenta e aí, mesmo assim, nada...
O momento da falta de inspiração é duro, frio, sem graça e xexelento. Não por falta de material, realmente, os temas até aparecem, mas acontece que... sei lá...

É que nem namoro, no começo tudo é motivo de inspiração, tudo serve para fazer uma surpresa, mas depois de um tempo... ou você dá aquela sacudida (entendam como quiser...) ou a coisa desanda.

Nessa semana, então, nos dedicaremos à falta de inspiração geral: para escrever, para estudar, para amar, na tv, nos jornais, ih... a lista é longa....

O fogão

Gente, vocês não fazem idéia da pilha de roupa que passamos no fim de semana, uma coisa! Tarefa cumprida e nosso Pequeno Dicionário Ameliano continua.

O fogão

Este desafio na forma de 4 ou 6 bocas parece olhar com desdém os não iniciados. As suas chamas evocam as maiores delícias já produzidas pela humanidade, mas se com você no comando ele não faz nada além de ferver água e, em noite de gala, fritar um ovo, junte-se a nós! Nós que crescemos humilhadas, subjugadas por Ofélia (priscas eras, meus caros, priscas eras. Não sabem quem era? Joga no Google!). Nós que olhávamos com fascínio para quitutes sempre do ponto de vista do consumidor, nunca do cozinheiro! Nós que não sabemos cozinhar arroz, fazer purê de batata ou o maior dos desafios, o feijão!

A esta Ofélia, e mais atualmente Jamie Oliver, digo apenas uma coisa: não sei fazer pão, mas sei cálculo A!

Tudo bem que isso não resolve o almoço de domingo, que integral e derivada não possuem as vitaminas e sais minerais necessários ao bom funcionamento do corpo humano, mas já é um consolo...

Dicionário prático da Amélia moderna

LOUÇA

Lavar louça é muito simples
Basta pegar os pratos e coloca-los na maquina, encher o compartimento adequado com sabão e tudo se resolve.
Existem métodos primitivos que envolvem esponjas e panos, mas esse tipo de tortura medieval tem sido banida sistematicamente das sociedades evoluídas.

FAXINA

Do grego “vai indo que eu não vou”.
Nada mais desesperador que olhar uma casa, um balde e uma vassoura delicadamente pousada a seu lado, como que dizendo “viu minha, filha, não nasceu quatrocentona, pode começar a esfregar!”
Não se entregue, não se renda. Seja forte e não chore, mas você vai ter que esfregar o chão. Ah!, não esqueça também de empurrar os móveis para tirar as teias de aranha, viu?
Mais verbetes amanhã, porque agora a gente tem uma pilha de louça para lavar...

Ai, meu deus, que saudade da Amélia??????

Louça?

Faxina?

Aspirar?

Lavar?

Não é comigo não, dona!

Já foi o tempo em que mulher gostava de afazeres domésticos. Bem, hoje até se faz, mas é como ir ao ginecologista: desagradável, mas necessário.

Esta semana vamos mergulhar no universo doméstico para entender com quantas xícaras de água se faz uma vasilha de arroz.

Enquanto isso, dá pra levantar os pés que a gente precisa varrer aí, embaixo, por favor?

Traumas de infância

E já que hoje é 12 de outubro, conhecido nas boas e más rodas como dia das crianças o que aliás me lembra um certo ex, bom, deixa pra lá.

Enfim, vamos relembrar neste cantinho, um tanto quanto abandonado nos últimos tempos em virtude das mudanças radicais na vida desta dupla que aqui escreve, uma listinha básica com os traumas de infância acumulados na época de jogar elástico e brincar de roda.

1 – nunca fui dama de honra. Isso explica muita coisa....
2 – nunca fui noivinha de festa junina. Isso explica mais ainda...
3 – nunca tive um pogobol. E dá pra entender porque isso incomoda até hoje?
4 – nunca brinquei de elástico. Isso realmente me causou um problema para enfrentar o mercado de trabalho...
5 – descobri que meus pais transavam. A gente precisa mesmo falar sobre isso?
6 – nunca dormi na casa de amigos. O que nada afetou minha capacidade de socializar. Alias, por que isso entrou na lista de traumas?

A escolha do personagem

Depois de toda a preparação, os homens escolhem dentro de sua galeria de tipos, qual vão encenar. Começando com um básico:

· O ecológico: “sabe, gata, eu estava pensando nessa galera que fica tirando onda, que não tá nem ai um pro outro, pô, gata, maior besteira. É só ver os cachorros, eles não tão nem ai, gata, tão afim, vão lá, chegam junto, quando você vê, eles já estão lá, mandando ver. Eu sou assim, gata, se tô afim, chego junto, sem esconder os sentimentos, aê.”

· O indignado: “como uma gata como você esta sozinha até agora?”. Que o conceito de escolha não passa pela cabeça deste sujeito é óbvio.

· Tem também o tipo vendedor, que tudo é sem compromisso.

· O político: “prometo que não vai acontecer nada.”

A preparação

Tudo começa muito cedo, com a preparação dos corpos para os rituais que virão a seguir. Tanto fêmeas quanto machos, nesta etapa, procuram disfarçar caracteres que julgam defeitos.

Eles tomam banho, pois o fedor de axilas pode ser fatal. Escolhem vestimentas com objetivo de não aparecerem nus, mas, na verdade, todos sabem, a nudez é seu principal desejo. Eliminados os odores, estão prontos.

Elas tomam o banho e começam um delicado processo de se fazer parecer o que não se é: rímel, para os olhos parecerem maiores; base, para a pele parecer perfeita; batom, para os lábios parecerem que vão fazer o que, ahá! vá sonhando!, eles não vão fazer. Agora que desfiguradas a ponto de algumas mal serem reconhecidas durante o dia sem o reboco, digo, maquiagem, é dado o momento da escolha do traje. Algumas optam pelo traje de sugestão de acasalamento, outras, pelo de imagem pura.

DO GLAMOUR À DECADÊNCIA - PERÍODOS DE UMA NOITE

O homo sapiens adora observar animais em programas do Discovery Channel, onde fica a par dos exóticos hábitos da sociedade das chinchilas, mas cada vez que o locutor do Discovery profere um “áfrica setentrional...”, minha única reação é: a gente se fala.

Pois então, o amor pela observação de espécies classificadas como inferiores tem nos privado da apreciação de um espetáculo protagonizado por nós mesmos.

Há uma série de rituais de acasalamento, artifícios de sedução que fariam corar por humilhação qualquer pássaro de plumagem exuberante. Temos jogos, regras de poder, um mundo ao dispor de seus curiosos olhos.

Ë bom, mas é ruim

A paixão por alguém que mora longe exige um exercício de boa vontade e criatividade sem igual. Muitos são os recursos para driblar a distância: telefone, e-mail, mensagens e, o mais importante, a imaginação.

E a distância tem uma vantagem sem igual: cada encontro é como se fosse de amantes, sem problemas, brigas ou lamentações. Como aquele tempo junto é algo raro, deve ser aproveitado ao máximo, o que é bom, mas também pode ser um problema, afinal, algumas coisas podem ficar mal resolvidas e quando explodem, pode ser tarde demais. Outra grande desvantagem no relacionamento interurbano é quando chega a fatura do cartão de crédito: muitas passagens aéreas parceladas, muita gasolina para encher o tanque e cruzar cidades para encontrar seu amor e alguns preparativos especiais para tornar os encontros ainda mais memoráveis.

Porém, mil vezes amar à distância do que não amar, não é mesmo?

Faixa bônus

A trilha sonora de quem ama à distância:

1 – Blitz – A dois passos do paraíso. Longe de casa... há mais de uma semana, milhas e milhas distante do meu amor... Ai aia...
2 – Vida cigana - É aquela coisa Tetê Espíndola de interpretar, mas vá lá, vai me dizer que você não se derrete pensando naquele alguém com o verso “ ó meu amor, não fique triste, saudade existe para quem sabe amar, minha vida cigana, me afastou de você por algum tempo vou ter de viver por aqui, loooonge de você e do seu carinho...” Aiai de novo...
3 – How I wish you were here, Pink Floyd - Quem já se pegou pensando em alguém ouvindo essa música ou até mesmo mandou a letra, sabe do que estamos falando.
4 – Eu te amo, Roberto Carlos - Ok, podem dizer que apelamos agora, essa realmente é para os muito apaixonados. E há versões para todos os gostos, desde a original, com o Rei, passando por Marisa Monte e uma versão axé que, bem, deixa pra lá... Quanto tempo longe de você... vamos lá, gente, levanta a mãozinha...
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