Com o fim
de mais um ano, listas, conselhos, dicas e astucias para viver melhor nesse
novo contrato assinado (o ano de 2013) são muitos. Mas quem você quer enganar?
Sejamos
honestos, você não vai beber menos, nem ler mais. O celular ainda será uma arma
numa noite de muitas doses e pouco juízo. A academia continuará um lugar onde
pessoas determinadas e disciplinadas gastam algumas horas por semana para
cultivar a forma (e você não está entre elas).
A verdade é
que a gente se veste de branco, programa mil coisas, enche-se com a esperança
de uma verdadeira mudança, mas esquece de uma coisa simples: elas não acontecem
sozinhas (salvo algumas exceções). Você se lembra de como terminaram algumas
resoluções de ano novo?
Em 1996,
você resolveu estudar mais, pois queria passar no vestibular. Mas acabou estudando
as casas noturnas da cidade e suas diferentes tarifas.
Em 2000, o
mundo não tinha acabado, o bug do milênio virou uma daquelas histórias que os
pais contam para assustar crianças (como a do Homem do Saco) e você decidiu que
dominaria cada nova tecnologia. Hoje em dia você se orgulha de ter sido uma das
primeiras pessoas a fazer o download de Angry Birds.
Em 2004,
após mais um rompimento, você decidiu: 2005 será o meu ano! Chega de bofes,
chega de baladas, vou me dedicar à carreira, aos estudos e a uma vida mais
saudável. Você terminou o ano dentro do carro com amigas, vodca com suco de
laranja e um mapa tentando chegar na balada descolada que o gatinho tinha
indicado.
Em 2008,
agora vai! Mulher, madura, fêmea felina malemolente, nada poderia deter a
brilhante resolução de 2009, o ano da malhação. Você terminou o ano com 2
quilos a mais.
Em 2012,
cansada desse mundo tecnológico, frio e em busca de uma vida mais vintage,
livros e mais livros foram comprados. Você terminou o ano com uma DORT no
polegar por uso de smartphones.
É, a vida é
assim. A gente pensa de um jeito, faz planos e nosso subconsciente ri deles. Se
Deus joga dados com o universo, nosso subconsciente brinca de pontinho.