A mãe. O que já não foi dito, cantado e publicado sobre ela? A primeira a ser xingada numa partida de futebol e a última a saber que você não é mais virgem.
Ela segura a barra quando tudo parece muito difícil. Lembra que precisa levar guarda-chuva, mesmo que o céu esteja azul e sem nuvens. E como incomoda por causa dos casacos...
Tudo começa quando você é apenas um óvulo em meio a multidão, vagando pelo ovário na esperança de ser fecundado e não ter o fim trágico de seus últimos 157 irmãos: a menstruação.
O dia da fecundação é cheio de emoção: chegou a sua vez. Ali sozinho, pensando sobre o significado da vida, como tudo acaba tão bestamente, na parede do endométrio, entre cólicas...
Mas veja só! Eis que surge uma horda de espermatozóides em sua direção! Então, quem sabe... sim, é hoje!
Finalmente fecundado, começa o verdadeiro trabalho: seus dias de folga acabaram. São milhares de divisões celulares que vão te levar a parecer esta coisa descabelada em frente ao computador que é você hoje.
Mas até aqui o caminho é longo. E antes de qualquer coisa você descobre que vai poder contar sempre com duas pessoas: seu pai e ela, a sua mãe.
A jornada começa na barriga dela, a mãe: você vai fazê-la engordar, enjoar e inchar. Vai fazer os hormônios dela oscilarem como ações na bolsa de valores. Ela vai perder boa parte do guarda-roupa. Vai deixar a carreira de lado por um tempo só pra cuidar de você. E mesmo dando todo esse trabalho, ela vai te amar incondicionalmente. Vai entender...
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