Acreditando que estava curada de sua imaginação mais fértil que solo adubado, Rebecca Cristina começou a namorar o homem de seus sonhos: inteligente, divertido, carinhoso e fiel.

Pensava Rebecca viver no paraíso, quando um dia no supermercado, seu coeficiente Janete Clair disparou.

Entre um melão e uma melancia, estava ali, na sua cara a prova de adultério do seu amado: ele havia demorado 10 minutos para chegar em casa, quando normalmente levava 8 minutos e meio. Absurdo! Na sua cara, revoltante, sem vergonha!

Dizem alguns psicólogos que esta capacidade de criar histórias mirabolantes em escala industrial é desencadeada pelo medo de se envolver. Afinal de contas, sabemos todos que um relacionamento implica investimento em algo incerto. Não há razão matemática, não há fórmula que explique porque, afinal, uma pessoa se apaixona por outra. E isso assusta. Por isso, algumas pessoas têm seu coeficiente Janete Clair elevado, principalmente as que carregam bagagem afetiva traumática.


Sim, Desassistidas acredita que quem vive de passado é museu, que cada pessoa é diferente e que as histórias não se repetem. Mas vai explicar isso pro subconsciente perturbado daquela sua amiga?

O Coeficiente Janete Clair

Dizem que de médico e louco todo mundo tem um pouco, porém, em algumas pessoas, no que diz respeito à loucura, essa porção é ligeiramente acentuada.

Usado para medir o grau de perturbação mental que algumas pessoas possuem, o coeficiente Janete Clair recebeu este nome em homenagem à escritora de novelas que reinou absoluta na década de 70. Janete Clair escreveu folhetins clássicos como “Irmãos Coragem” e “Pecado Capital” (sim, a gente ouviu falar, mas não, a gente não tinha nascido ainda...), cujas tramas eram tão mirabolantes quanto às das mentes ah, digamos, criativas de alguns conhecidos da redação.

O coeficiente Janete Clair mede a capacidade de inventar histórias mirabolantes baseadas na distorção de fatos e adulteração de provas.

Conta uma amiga da redação (pra variar, é sempre uma “amiga”), que sempre ao se envolver com um bofe sua imaginação vai longe.
Demorou para ligar? Ele estava numa suruba com 20 mulheres e um jumento.
Não pode encontrar hoje porque está doente? Que nada, está numa suruba com 20 mulheres, um jumento e uma cabrita.

Existe um gatilho que dispara a capacidade criativa?
Existe cura?
Descubra no próximo capítulo!

Momentos de sabedoria desassistida. Ou: vocês não têm nada pra fazer, não?

O amor é uma coisa engraçada...

Pense bem: até um ano atrás, você não conhecia “aquela” pessoa. Se ela gostava de rock como você, se tinha queimado a mão com um ferro de passar roupa ou se ela seria capaz de tirar sarro da sua cara como ninguém, para você, pouco importava.

Um ano atrás. Apenas 365 dias separam o seu eu lúcido, racional, dessa coisa babona que você se transformou.

Parece, então, que aquela história de que Deus joga dados com o universo é verdade, pois alguns meses atrás você conheceu “aquela” pessoa. Aquela mesma que você não sabia se ela preferia caminhar ou correr, se adorava dormir, se gesticulava muito ao falar ou se roncava quando dormia. Essa pessoa que até bem pouco tempo atrás nem mesmo existia, passa então a fazer parte da sua vida. E quando você menos espera, está rindo no trabalho lembrando daquela pessoa.

É, o amor é uma coisa engraçada mesmo...

ANTIPATIAS

Apesar dos prognósticos contrários, o dia 12 de junho passou e você sobreviveu.
Ufa! Chega dessa historia de falar de casais.

AHÁ!

Ledo engano, minha cara!
Hoje é 13 de junho, dia mundial de simpatias bizarras, crendices tolas e atitudes toscas.
Sim, hoje é dia de fazer aquela simpatia que sua bisavó ensinou para sua mãe, tudo para quê? Para arranjar um macho.
Então anota aí: pegue uma folha de 2,5x7,5cm, cor azul celeste e coloque o seu nome.
Coloque o nome dele do outro lado da folha, de ponta a cabeça, escrito da direita para esquerda. Dobre o papel 17 vezes, abra-o e dobre de novo, dessa vez beijando cada dobra. Agora, pulando em um pé só, diga o seu nome e o do amado, de trás pra frente e coloque o papel dentro de seu sutiã (que deverá ser da mesma cor do papel, com o nome do rapaz bordado no bojo esquerdo, de trás pra frente).
Agora sente e espere. Mas procure um lugar confortável, tá? Isso.
...E aí, ele já apareceu?
Não? Como não? Você dobrou 17 vezes?
Tá certo!
Então tente essa: vá a uma livraria e compre 10 livros de autores diversos (sugestões: Rubem Braga, Saramago, Neruda).
Leia todos.
Depois, coloque um tênis, corra durante 40 minutos. Pegue sua agenda, ponha um telefone do lado. Abra a agenda na letra A, ligue para sua amiga de infância e marque um almoço. Repita o processo durante 2 meses.
Não garantimos um garboso mancebo, mas podemos assegurar que este passo a passo aumentará a auto-estima, elevará a capacidade intelectual e ocupará sua cabeça com coisa melhor que mandingas e superstições.

Pois é... chegou

Pode ser que você esteja se lamentando "Pôxa, hoje é 12 de junho e estou sem ninguém..."
Se esta é a questão, não há motivos para tristeza.
Uma data criada com fins comerciais, explorada exaustivamente pela publicidade com o único intuito de vender não deve causar tanta comoção.
Se você está sem par hoje, pode ser que esteja com alguém amanhã e, para sua felicidade, saiba que o amor não segue protocolos.
O amor não é feito de datas, mas sim de sorrisos, de olhares cúmplices, do toque de mãos, de uma ligação em plena madrugada só para dizer que se sente saudade...
Lamente se você nunca amar, pois isso, realmente, é insubstituível.
Comemore a data do seu amor, a data de vocês, sem se importar com obrigações.
O amor é espontâneo e por alguns momentos, parece nos tirar do chão e nos transportar para uma dimensão especial.
E isso pouco tem a ver com calendário.

O QUE FAZER NO DIA DOS NAMORADOS?

Enquanto o país inteiro sai às lojas para comprar frascos de perfume, ursos tamanho gigante, toneladas de flores e litros de loção pós-barba, Desassistidas vai na contramão e manda você, coleguinha de luta, fazer algo mais produtivo.
E você sabe que a gente A-M-A dar dica, conselho, manual, enfim, gosta de se meter onde não é chamada, por isso, seguem nossas recomendações para a dúvida cruel:

O QUE FAZER NO DIA DOS NAMORADOS?

Primeiro, tire as mãos do pescoço da sua amiga que perguntou qual a programação pro dia 12 (sim, aquela que começou a namorar duas semanas atrás e começa todas as frases com “o meu namorado ...”).

O comércio ainda não descobriu que mais rentável que vender provas de amor na forma de bombons e camisetas é explorar o rentável filão dos solteiros.
As opções por enquanto, se resumem a festas para solteiros. Caso você não ache uma, damos algumas sugestões de atividades:

- Fundar uma seita que só aceite membros solteiros cujo estatuto seja fundamentado nos princípios da vida livre, leve e solta.


- Organizar um mutirão para fazer camisetas, adesivos e faixas com frases anti-namoro.


- Assistir a uma maratona com os filmes: “Abaixo o Amor”, “Clube das Desquitadas” e “O Diário de Bridget Jones”.


- Escrever cartões com respostas para a pergunta: "você não tem namorado?"

- Ficar escondida debaixo de uma montanha de cobertores e esperar dia 13 chegar.

Parece tão simples, não é mesmo?
Menina gosta de menino, menino gosta de menina e por isso decidem ficar juntos.

Simples na teoria, difícil na prática.

E pedir conselhos pode não ser a melhor forma de saber o que fazer. Alguns amigos aconselham a cair no mundo, outros, a se fechar pro mundo.

E, de repente, parece que tudo é uma guerra: de um lado homens, do outro, mulheres.

Desde quando ficamos tão cínicos? Qual foi o momento em que paramos de acreditar que pode dar certo?

E assim vamos caminhando, levando de relação em relação um acumulado de mágoas desnecessárias, que talvez uma boa conversa poderia ter resolvido.

Assistida(o) ou desassistida(o) no dia 12, aproveite para pensar no que realmente vale a pena, quais batalhas merecem ser encampadas ou se não é melhor baixar a guarda e mostrar um pouco de fragilidade. E não deixe, é claro de declarar seu amor!

Devido a problemas técnicos (uma unha lascada de uma das redatoras), na próxima semana vamos republicar nosso manual de sobrevivência para o dia dos namorados editado em 2006.
Voltaremos com textos inéditos no dia 16.

E lá vamos nós...

E aí, tá chegando... vamos lá... você, desassistido, você, desassistida...

Pula a fogueira... ioiô
Pula a fogueira iaiá...

Bem, não sabemos se a letra tem esses ioiôs e iaiás (seria influência de Wando?), mas o fato é que o sexto mês do ano chegou e com ele a data mais sem vergonha do calendário: 12 de junho.
Assumidamente comercial, foi instituída aqui para levantar (opa!) as vendas na metade do ano, mas fora do Brasil a data é comemorada em 14 de fevereiro, dia de
São Valentim.

Como sempre, nós damos aquela forcinha pra quem passará a data portando ou não um (a) assistente.
Nesta semana, SEGURA NA MÃO DE DEUS!
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