Ops...

E pra esta sexta-feira, Desassistidas lembram a todos que em Boca Fechada, não entra mosca. Bom senso na comunicação pode evitar muitos constrangimentos. Exemplo? Sim, claro, didática é nosso lema.

- Oi, querida! Quanto tempo! Não sabia que você tava grávida, que maravilha!
- Não estou grávida...

Alguém tem um saco de papel aí, por favor? Numa hora dessas um abalo sísmico seria bastante interessante, mas como o Brasil é território privilegiado e está salvo deste tipo de problema, resta apenas ele, o constrangimento a fazer companhia.

Além da vontade de que o chão se abra e engula todos sob a superfície, outra característica comum dos momentos constrangedores é alteração da percepção de tempo. A partir do momento que o clima sem graça se instala, o tempo adquire uma outra dimensão e o que poderia ser considerado um segundo, vira um minuto, que por sua vez, torna-se uma hora.

O lado bom disso tudo é que assim como catapora, sarampo e gripe, o constrangimento é uma coisa que parece que vai derrubar você, mas passa.

Portanto, nunca esqueça que no momento em que você está sem graça porque descobriu uma reluzente casquinha de feijão no dente, em algum lugar do planeta alguém está sem saber o que falar para a família do assistente que acabou de conhecer.

Sem graça, eu? Que isso...

Fértil terreno para situações constrangedoras, o começo de relacionamento continua em pauta nesta semana de bochechinhas vermelhas aqui no Desassistidas.

Sabe aquele desconforto digno de consultório ginecológico que você sente nos primeiros encontros? Pois é, não é exclusividade sua. Todo mundo fica sem graça, não sabe onde pôr a mão (bem, elas logo encontram lugares aconchegantes para repousar...) e a cada 10 palavras ditas se arrepende de ter dito pelo menos 8.

Numa certa cidade do sul do estado, famosa pela atividade de extração de um mineral, é figurinha carimbada uma jovem senhora vendedora de flores e destruidora de relacionamentos.

História verdadeira que chegou a redação conta que um casal estava no segundo encontro, jantando, quando a tal “dona” apareceu. A mocinha de nossa história sofria de uma grave fobia de relacionamento e ao avistar a senhora, sob a ameaça iminente de receber flores, precipitou-se e respondeu pelo mocinho “nada de flores, somos apenas amigos”. O mocinho, assustado, calou-se e apenas concordou com a cabeça. Inesperadamente, a noite acabou por ali. E a história dos dois também.

Pobre garota que não resistiu ao constrangimento, pobre garoto que se viu interrompido em sua tentativa de agradar.

Tudo, é claro, culpa da floricultura ambulante.

Constrangimentos

Errr... hã...

- Veja bem, ele não é meu namorado ainda, mas vai ser daqui um tempo.
- É... oi, Carlos Augusto. É mesmo, faz tempo, desde que a gente...é... terminou.
- Deixa que eu pago minha parte...
- Flores: Não, não queremos flores.

Assim como Paulo Ricardo, que fica enrubescido toda vez que não é reconhecido, você, cidadão comum que nunca vendeu um milhão de discos também passa por constrangimentos no dia-a-dia.

O mais comum, relacionado a relacionamento, é claro, ocorre no começo da relação. Está lá você, poderosa, glamurosa, vitaminada com seu candidato a assistente quando encontra um amigo, ou amiga. Beijinho pra cá, beijinho pra lá, como manda a boa educação, você, no desespero do momento prefere ignorar a existência de um cromossomo y a seu lado e espera que seu interlocutor também.

Aha! Ledo engano...

A pessoa logo solta aquela perguntinha indecorosa: é seu namorado? Pausa para o momento “putz, e agora?” Não resta alternativa além de usar o bom senso e agir com maturidade. Mudando de assunto.

- Menina, mas que espetáculo essa sua bolsa! Tava procurando uma igual!
- Gente, o que é aquilo do outro lado da rua?
- Caraca! Não acredito que agora fazem iogurte de soja!

É preciso salientar que o uso desta técnica requer preparo físico e repertório, para engatar um assunto no outro sem parar, além de uma dose extra de óleo de peroba.

A gramática do amor

Virgula ( , )

É um sinal rebelde, que se coloca na relação sem a autorização dos amantes. Uma espécie de pausa momentânea para, após recuperado o fôlego, recomeçar do ponto onde parou.

Ponto e virgula ( ; )

Para aqueles que têm medo de um final drástico que só o ponto final proporciona, nada como um ponto e virgula: encerra-se a idéia anterior, faz-se uma pausa e logo se começa uma nova idéia, de preferência, relacionada com a anterior. O ponto e vírgula cai muito bem naquele assistente gato ou dono de uma pegada sensacional, mas que você sabe que não merece muito mais que um cinema.

Ponto final ( . )

Já deu o que tinha de dar. Encerrou o assunto. Chega. É hora de colocar um ponto final na história e, de preferência, começar um novo parágrafo.

A gramática do amor

L’amour, l’amour... quantas definições, quantas incertezas...
Mas Desassistidas acreditam que só ele constrói (e destrói e corrói e mais uma dúzia de rimas de doer) e fornecem a seus glamurosos leitores um curso básico de gramática amorosa. Sim, o amor possui uma gramática própria, regras tão sinuosas quanto as curvas da estrada de Santos...
O primeiro módulo de nosso estudo começa pela acentuação.


O ponto de interrogação (?)

Quem nunca se viu diante de um assistente que era uma verdadeira incógnita?
Um ser humano que nunca disse a que veio e muito menos porque foi embora?
Quem? Quem?
O ponto de interrogação é um bofe estranho: diz que não quer namorar, mas age como namorado, comparece como namorado, mas na hora de receber o título de namorado, apavora-se como um mané.

E afinal , quem casa quer casa?

A série dos grandes questionamentos desassistidos retorna no final desta semana dos namorados com mais uma pergunta de relevância sócio-cultural para todos: quem casa, quer casa?
E mais, o que isso quer dizer: que casar exige um teto, um cafofo para abrigar os pombinhos?
Caberia ainda um complemento, quem casa quer casa, comida e roupa lavada?
Oh, são tantas as dúvidas e questões sobre nossas cabeças...

Mas, peraí, as pessoas ainda casam?

O IBGE divulgou pesquisa em 2006 que apontava um crescimento no número de divórcios na ultima década. Interessante, então isso quer dizer que:

a) As pessoas não estão perdendo tempo e fazendo a fila andar.

b) As pessoas estão casando mais, daí o maior numero de separações.

c) Casar, assim como o tubinho preto, pode até passar por momentos de esquecimento, mas jamais sairá de moda.

Provavelmente sim, o casamento é um tubinho preto, porém é preciso saber combinar os acessórios para não transformar o traje, quer dizer, o casamento, num desastre.

Você sobreviveu!!!

Parabéns! Você sobreviveu ao apelo das operadoras de cartão de credito, as piadinhas sem graça dos colegas de escritório e, veja só, aquela coisa estranha chamada auto-estima, não sofreu nenhum abalo.

Dia 12 passou, como um dia qualquer e, ao contrario das apostas, os solteiros do mundo não cortaram os pulsos ao passar a data sozinhos (lembrando sempre que antes só do que mal acompanhado...)

Hoje, dia 13, para os, digamos, místicos, e a oportunidade de lançar mão de todas as simpatias e mandingas possíveis na tentativa descobrir ao menos a inicial da pessoa que lhe prestara assistência matrimonial.

Mas caso você A-M-E a vida de solteiro, agosto esta logo ali e você poderá desfrutar o dia do solteiro, que é comemorado no dia 15.

Prepação para o dia dos namorados - seja forte!

É verdade sim. Mas é preciso que você seja forte. Enfrente de cabeça erguida e faça ouvidos moucos para aqueles que não estão vivendo o mesmo drama que você.

Dia 12 está chegando, pode-se até ouvir a trilha sonora, aquele ta-tã-tã-tã de filme de terror acompanhando, anunciando como as trombetas do apocalipse a data carregada de glicose.

E você, alone, in the rain...

Pausa para um momento dramático: uma queda sobre o sofá e um choro discreto, contido junto com um leve morder dos lábios.

Francamente! Que frescura é essa? Mil chibatadas em você agora, já pro milho ao som de Wando! Onde já se viu ficar se menosprezando por causa de uma data cujo maior objetivo é alavancar as vendas do comércio varejista?
Por favor...

Lembre-se sempre que solteirice não é doença e sim, uma questão de opção. E que mais vale a companhia de bons amigos do que uma assistência chinfrim.

E se você está enrolada (ou enrolado), deve estar se perguntando "Mas, e eu? E eu, gente, o que faço"?

Bem só há duas alternativas: a corajosa (e dependendo do caso, sem noção) e a covarde (dependendo do caso, sem noção).

A corajosa é aproveitar a data para chamar o (a) assistente na chincha e colocar a relação às claras. Se o relacionamento é novo, colocar pressão não é a melhor forma de fazer a coisa andar.

A covarde é ficar assoviando e olhando pro teto, fazendo de conta que não é com você. Caso seu (sua) assistente esteja esperando a data para levar a relação a um outro nível, esta atitude também é candidata ao posto de sem noção.

Se você está namorando, recomendamos: caso você veja o clichê andando na sua direção, fuja! Evite programas manjados, não dê presentes sem vontade ou criatividade (que tal propor uma viagem a dois?). Não esqueça o romance e lembre-se: não deixe para demonstrar amor apenas uma vez ao ano. Afinal de contas, todo mundo sabe que quem não dá assistência, abre espaço pra concorrência!

Dicas para o Dia dos Namorados

Antes de mais nada, por favor, solte o pescoço de seu colega. Você não quer passar o dia 12 numa cela fria sem o menor glamour, não é mesmo?

Agora sente e ouça nossas dicas para entreter sua mente e coraçãozinho palpitante no dia dos namorados:
1) Faça uma seleção com músicas divertidas no seu Mp3 Player e coloque seus fones de ouvido para trabalhar e evitar a audição açucarada dos seres comprometidos a seu redor
2) Prepare uma série de respostas para os colegas engraçadinhos
3) Alugue filmes como "Abaixo o Amor", "Solteiro no Rio de Janeiro" e se convença de que no fim, os fortes sobreviverão!
4) Pegue uma balada para solteiros/ solteiras e pegue a maior quantidade de solteiros/ solteiras que conseguir. Ou não pegue ninguém e fique feliz assim mesmo.
5) Acomode-se debaixo de sua pilha de cobertores e espere o dia 13 chegar.

Lembre-se sempre que solteirice não é doença, é sim uma questão de opção e que mais vale a companhia de bons amigos do que uma assistência chinfrim.

Calma, calma! Nada de pânico nessa hora

Você amiga, você amigo que está abatido, triste, andando pelos cantos sem ver uma solução, não se desespere, nós estamos com você nessa luta!

Sim, porque ele está se aproximando e a enxurrada de propagandas glicosadas faz você pensar que vale menos que uma bala de coco apenas por quê? Por quê? Tudo porque você está sem namorado.

AHHHHH!

Parece até palavrão: 12 de junho, dia dos namorados. Alegria das operadoras de cartão de crédito, tristeza dos corações que ainda vagam desocupados. Um dia comum, sem graça até, não é mesmo? Despeito? Que isso, coisa feia...

Não é caso para desdém, afinal, fazer pouco pode lembrar aquela velha expressão: "quem desdenha quer comprar". E também não é caso para cortar os pulsos só porque se está sozinha (ou sozinho). Mas já que a data está aí e você provavelmente terá que trabalhar e ouvir aquela piadinha "originalíssima" daquele seu colega dono de um senso de humor "sensacional": e aí, já comprou o presente do seu namorado, o há de vir?

E pra quem gosta de alisar, há castigo?

Para os adeptos do espiritismo, a resposta é simples: karma. Sim, quem passa a mão numa esquina, na outra será também alisado. Ou ainda é dá para pensar que no momento que certos dedinhos alisam a propriedade alheia, a irmã, a mãe, a filha ou a assistente do molestador pode estar sofrendo o mesmo tipo de agressão.

Mas para quem não é nada zen e gosta mesmo do "aqui se faz, aqui se paga", algumas sugestões:
a) Amputação imediata do membro (calma, estamos falando da mão) – uma solução "nada" extremista, baseada em alguns "razoáveis" países do oriente médio.
b) Uma tarde de ensinamentos com nosso amigo leão de chácara conhecido como o tripé humano, em que, fazendo uso do método de exemplo prático, ele ensinará ao molestador porque mulheres não gostam de ser alisadas por desconhecidos.

De todas as formas disponíveis de castigo, ou correção, a melhor mesmo é, caso você tenha sofrido uma agressão, procurar a Delegacia de Defesa da Mulher mais próxima e registrar queixa contra o mané.

E para que fique bem claro que nós mulheres não toleramos esse tipo de coisa, é importante que comportamentos abusivos de irmãos, amigos, assistentes ou pais sejam repreendidos.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
Lomadee, uma nova espécie na web. A maior plataforma de afiliados da América Latina