A breguice em verso e prosa

É o amor... que faz muita gente escrever coisas que bem...deixa pra lá.

Deixa pra lá uma pinóia! (Pinóia, aliás, em aparição exclusiva aqui no Desassistidas, diretamente do baú da vovó!) É preciso controlar imediatamente a proliferação indiscriminada da cafonice! Chega de rimar amor com dor!

Mas, cá entre nós, quem nunca se pegou viajando para além-mar com uma música brega que lembrava, bom, você sabe quem?

Aqueles versos de uma canção desesperada (não a do Neruda, que fique bem claro), que dizem como ao pensar nele, o seu amor, o dia fica mais azul, a vida tem mais sentido, mas mesmo assim, o desgraçado, fugiu com o vizinho.

Aliás, na música não há vertente mais bem-sucedida que a “corno-music”, a música entre aspas, literalmente. Como será o nascimento de uma linda canção de sofrimento? Um rompimento, palavras de consolo “não é você, sou eu”, o ser desesperado tenta de tudo para esquecer aquela ingrata criatura que rejeitou o seu amor: bebedeiras, adesão a seitas suspeitas, nada dá certo.

A salvação vem apenas com lápis, papel, um banquinho e um violão (um oferecimento exclusivo de clichê, só ele dá o chavão que você precisa!). As palavras vão surgindo, atraídas como ímãs, amor, dor, sofrimento, superação. Voilà! Mais um disco de platina e estádios lotados Brasil afora!

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