Estava tudo muito bom, tudo muito bem, quando você esbarrou em uma certa pessoa. No começo, você pensou que não era nada demais, sem saber que, na verdade, desde o primeiro momento o jeitinho petulante daquela pessoa já tinha lhe conquistado.
Não demorou muito para se pegar no meio da tarde pensando em você sabe muito bem quem. E no começo isso assustou um pouco, mas depois, como era de se esperar, você se acostumou.
Na primeira vez que acordou pensando em (você sabe quem), “o que foi isso? Quem autorizou?”, foi o que se perguntou. Mas logo, você se acostumou.
E mais algum tempo foi para de repente, rir de alguma coisa que lembrava (você sabe quem), ou se pegar fazendo um gesto igual a... bem... nem é preciso dizer quem.
Você teve vontade de sair correndo, tamanho o pavor que isso causou. Mas logo, você se acostumou (e começou até a achar isso bom).
E não é que agora você não imagina sua vida sem... você sabe quem? Logo essa pessoa, que tempos atrás você nem conhecia, não sabia sequer da existência, mas que é exatamente do jeito que sempre sonhou.
Pois é, a vida tem dessas coisas...

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